O futuro do mercado imobiliário vislumbra algumas incógnitas no horizonte. A nova Lei da Habitação continua a gerar controvérsia, mais recentemente na semana passada, quando o Conselho Superior da Magistratura (CSM) alertou para as suas imprecisões e a insegurança que poderia trazer ao setor num relatório desfavorável.
Perante este cenário, e se a lei acima referida for em frente, surgirá um cenário complicado para aqueles interessados em investir no mercado imobiliário.
O CEO da Tecnotramit, Vicenç Hernández Reche, alertou sobre os perigos e instabilidade que pode trazer consigo a Lei da Habitação na sua última intervenção no podcast da La Vanguardia, “Bolsillo”.
“O papel do proprietário está a ser demonizado, alguém que comprou legalmente uma propriedade e, após muitos anos a pagar uma hipoteca na maioria dos casos, quer alugá-la para tornar o investimento rentável“, comentou Hernández Reche, que também explicou como estas medidas irão levar a uma série de “condicionantes de mercado” para os grupos que se encontram nas posições mais desfavoráveis para entrar em investimentos imobiliários.
Olhando para o futuro, e na ausência de um quadro legislativo específico para o setor, o perito considera que o setor imobiliário está a estabelecer-se cada vez mais como “o melhor canal de investimento no presente“. A verdade é que mesmo sendo um mercado muito heterogéneo, a relação rentabilidade/risco neste setor é muito benéfica em comparação com outros, onde a rentabilidade pode ser mais elevada, a mesma é-o à custa de níveis mais elevados de volatilidade e risco.