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Prevê-se que meio milhão de jovens se emancipem nos próximos 6 meses

22 Nov 2021 | Blog, Interesse

O regresso às cidades de origem que muitos jovens espanhóis fizeram durante a pandemia da Covid-19, assim como os baixos números de emancipação registadas pelos jovens de 18 a 34 anos durante a crise, podem chegar ao fim. Cerca de meio milhão de jovens irão deixar as suas residências nos próximos 6 meses. Pelo menos isto é o esperado segundo o inquérito realizado pela Coliving DoveVivo e a empresa de investigação e consultoria Ipsos, que se foca nos mercados espanhol, francês e italiano.

No caso de Espanha, a análise indica que cerca de 66% dos jovens viviam no seu local de residência original em janeiro de 2020, mesmo antes do início da crise sanitária. Poucos meses depois, enquanto a pandemia piorava, o êxodo inverso de milhares de jovens, combinado com as baixas taxas de emancipação, elevou o total para 70%.

Cerca de 40% dos inquiridos em Espanha que decidiram temporariamente voltar a casa pouco depois do início da crise sanitária fizeram-no por razões “emocionais e práticas”, sendo que 78% o fez para poupar dinheiro e 71% para se sentir melhor e apoiado.

Atualmente, com a melhoria da situação epidemiológica e com as medidas como o apoio ao aluguer para jovens, a análise estima que, até ao final de 2021, a proporção de jovens que vivem em residências familiares irá ver-se reduzida para menos de 70%. No final do primeiro trimestre de 2022, o inquérito estimou que o número de jovens que vivem na sua residência de origem irá reduzir-se para 36%.

O governo de coligação está a trabalhar na redação dos futuros apoios de aluguer para jovens menores de 35 anos, os quais irão entrar em vigor a partir de 2022. Está prevista uma subvenção de 250€ por mês para jovens desta idade que aufiram de um máximo de 23,725€ anuais. Com estes apoios, o Executivo prevê abranger cerca de 70.000 jovens.

Ficará ainda por determinar se todos os tipos de contratos de trabalho irão servir para solicitar as prestações, se as subvenções serão as mesmas em mercados onde os preços do aluguer são completamente diferentes ou se duas ou mais pessoas na mesma residência são ilegíveis para solicitar estes apoios.