No passado dia 4 de novembro celebrou-se em Barcelona o EVOLUTION 2021, um evento que reuniu os principais players do setor imobiliário para analisar e refletir sobre o impacto da transformação tecnológica em toda a indústria. O encontro, que decorreu sob o lema “Abra os olhos para a evolução imobiliária” e que decorreu no edifício Llotja de Mar de Barcelona, foi organizado pela Associação de Agentes Imobiliários da Catalunha (AIC), pela Associação Nacional de Agentes Imobiliários (ANAI) e pelo Ordem dos Agentes da Propriedade Imobiliária de Barcelona (COAPI Barcelona).
De todas as palestras levadas a cabo durante o encontro, tiraram-se conclusões sobre o futuro do setor imobiliário e como a tecnologia possui um papel fundamental nesta transformação.
Numa das palestras, Vicenç Hernández Reche, presidente da Associação de Agentes Imobiliários da Catalunha (AIC), da Associação Nacional de Agentes Imobiliários (ANAI) e CEO da Tecnotramit, destacou que “a tecnologia deve ser um grande aliado para melhorar a experiência do cliente no setor imobiliário”. Concretamente, deu como exemplo as empresas dedicadas ao Proptech que “estão a triunfar e a acelerar rapidamente em direção ao sucesso”.
Vicenç Hernández Reche também se focou nas duas variáveis fundamentais que, segundo o CEO da Tecnotramit, irão redefinir o paradigma empresarial atual. Numa primeira instância destaca-se a “agilidade e a capacidade de ter uma mentalidade exponencial que se adapte à grande evolução que o mercado está a viver”. O especialista também destacou a importância das organizações e profissionais serem capazes de se adaptarem a ambientes voláteis, incertos, complexos e ambíguos, conhecidos como ambientes VUCA. Assegurou ainda que “estes ambientes serão cada vez mais habituais e que nos devemos habituar a viver com isso, pois isso irá mudar o paradigma da gestão empresarial”.
Por sua vez, Joan Clos, presidente da FIABCI, focou-se nas questões relacionadas com a sustentabilidade ambiental no seio do setor imobiliário. Mais concretamente assegurou que “se o custo da energia continuar a subir, serão muito melhor avaliadas as habitações que representem uma poupança energética”. O especialista também destacou a importância de promover a descarbonização da economia. “Devemos reduzir as emissões de CO2 e de metano. A responsabilidade deste desafio recai sobre os governos que devem promover as mudanças na regulamentação. É necessário criar novos circuitos económicos que favoreçam a descida do consumo de carbono”, argumentou.
Marc Vidal, analista económico e perito na transformação digital, referiu que o sucesso da transformação digital passa por “conferir valor ao cliente através de dados; converter os dados em informação para a transformar posteriormente em conhecimento; promover novos modelos de negócio exponenciais e finalmente, compreender que os novos empregos irão exigir novas competências”. Referiu ainda que “não se deve estar à espera do futuro, é necessário conquistá-lo”.