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Mercado de crédito imobiliário 2022: domínio do crédito imobiliário de taxa fixa e verde

12 Jan 2022 | Blog

O ano de 2021 foi excelente para o mercado de crédito imobiliário em Espanha e registou os melhores resultados da última década. Para 2022 espera-se que a recuperação continue graças ao pico da procura de habitações, à poupança que atualmente se encontra em níveis máximos e ao baixo custo de financiamento. Em 2021 foram ultrapassados os 400.000 créditos imobiliários concedidos, dados superiores aos concedidos em 2020, 337.700 ou mesmo aos concedidos em 2019, ou seja 361.000.

As previsões indicam que, em 2022, vai haver uma preferência pelas taxas fixas. Entre os atrativos desta taxa de juro está o facto de ser de cerca de 2,81%. Um número muito distante dos 6% alcançados no auge da bolha imobiliária. Carles Solé, gestor de formalização de créditos imobiliários da Tecnotramit, aponta o facto de “a taxa fixa não podia competir com a taxa variável com uma Euribor negativa. Isto fez com que os bancos tivessem de baixar muito as taxas, para atrair mais clientes, escolhendo taxas fixas e garantir lucro, mesmo que não tenha sido muito elevado”.

A principal e clara vantagem de contrair um crédito imobiliário de taxa fixa é que o mutuário irá pagar a mesma prestação ao longo de toda a vida do crédito. Não fica dependente de possíveis variações.

Por outro lado, os créditos imobiliários verdes também estão a aumentar. É necessário ter em conta que tanto a renovação como as novas construções energeticamente eficientes estão isentas do Imposto de Atos Jurídicos Documentados (AJD), além de serem objeto de atenção especial por parte das entidades financeiras, reduzindo a taxa de juro e aumentando os níveis normais de financiamento (excedendo o limite máximo habitual de 80%).

Carles Solé salienta que “o novo objetivo destes créditos imobiliários, complementares às novas habitações, é a reabilitação do parque habitacional obsoleto do Estado, que tem imenso espaço para melhorias. Assim, o aumento de 30% na eficiência energética dos edifícios existentes já merece o tratamento especial de um “crédito imobiliário verde” com todas as vantagens que isso implica”.