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Como é que a inflação está a influenciar o investimento imobiliário?

8 Nov 2021 | Blog, Notícias e Eventos

Os riscos de inflação parecem favorecer o investimento imobiliário. Esta é uma das conclusões do estudo “O mercado imobiliário pós Covid 19. Investimento rentável ou nova bolha?”, levado a cabo pela EAE Business School, que concluiu que todos os indicadores apontam para o facto de que a habitação se irá converter num “refúgio ativo” de exceção.

O estudo indica que “a elevada inflação, juntamente com a desaceleração da construção de novas habitações, a diminuição da oferta antiga e as taxas de juros mais baixas, está a empurrar os investidores para o setor imobiliário, convertendo-o novamente num porto seguro”. A recuperação do setor turístico e o surgimento da procura de habitação por parte de estrangeiros quer se trate de aluguer ou compra, tendem a dinamizar esta atividade.

A campanha de vacinação e a flexibilização das restrições de circulação atribuíram novamente às habitações, que se tinham tornado em aluguer residencial no início da pandemia, funções de aluguer turístico.

A evolução dos preços das novas habitações é superior aos preços das habitações antigas e à média geral. A escassez de matérias-primas e mão-de-obra indica que esta tendência irá continuar nos próximos meses.

O facto de os novos contratos de aluguer estarem a ser feitos por pelo menos cinco anos pode dar um impulso às vendas ou ao aluguer turístico. Dado o panorama atual e as perspetivas económicas para 2022, os peritos preveem que o aluguer de curta duração irá voltar a converter-se num dos motores do PIB nas principais cidades e zonas costeiras de Espanha.

A nova lei da habitação implementada pelo PSOE e UP inclui a regulação dos rendimentos nas zonas de stress e a imposição de uma taxa adicional de IBI (Imposto sobre Bens Imóveis) de 150% às habitações desocupadas. Além disso, irá ser criado um suplemento mensal de 250 euros para facilitar a independência dos jovens. O desenvolvimento desta lei e a retirada do estímulo financeiro por parte do Banco Central Europeu poderão comprometer o crescimento do mercado imobiliário, quer de aluguer quer o de compra e venda.

O nível de preços que existia no terceiro trimestre de 2007 não voltou a repetir-se. Nessa altura o IPV (Índice do Preço da Habitação) tinha um valor total de 151,7 quando comparado com o de 130,9 contabilizado no segundo trimestre de 2021.