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Comprar uma habitação é mais seguro do que arrendar

14 Nov 2022 | Blog

Espanha é um país de proprietários. Tanto devido à tradição e cultura como devido ao custo da habitação em relação ao salário médio, o mercado imobiliário espanhol caracteriza-se por se focar no proprietário. Apesar do facto de o arrendamento ter ganho algum terreno nos últimos anos, existe uma crença generalizada de que “pagar uma renda é um desperdício de dinheiro”.

Se tivermos em consideração o rendimento médio por habitante, é evidente que os preços do arrendamento nas grandes cidades espanholas são elevados. Por este motivo muitas pessoas já estão a optar por contrair uma hipoteca para que, dentro de alguns anos, possam tornar-se o único proprietário da sua habitação e não estar a pagar um arrendamento indefinidamente.

Neste sentido, a Fundação para Estudos Económicos Aplicados (FEDEA) advertiu num relatório recente que a queda do peso da propriedade da habitação própria a favor do arrendamento poderia aumentar a desigualdade de rendimentos das famílias nos próximos anos. Durante o período 2008-2018, anos de recessão e subsequente recuperação, o rendimento médio das famílias que tinham a sua residência principal era entre 30% e 45% mais elevado do que o rendimento das famílias que viviam num alojamento arrendado.

Como o relatório indica, em Espanha a forma de propriedade de uma habitação principal dos agregados familiares encontra-se maioritariamente em regime de propriedade, com 80,8% em 2018 e, em média, 84,4% entre 2008 e 2018, em comparação com 69,3% e 69,8%, respetivamente, na União Europeia como um todo. Estes números confirmam que Espanha é um país de compradores e não de arrendatários.

Neste ponto, as coisas são claras: ter uma habitação, para além de ser um local de residência, é uma garantia patrimonial para qualquer pessoa, uma vez que torna tangíveis as poupanças de toda uma vida com um bem cujo valor, exceto em casos específicos, vai permanecer estável ou aumentar. Com os números em mãos, e apesar de um cenário incerto devido à inflação e ao aumento das taxas de juro, comprar uma casa tornou-se um investimento seguro para muitas famílias.