O mercado imobiliário está a consolidar as tendências. Se 2022 acabou num clima de um certo otimismo devido às notícias macroeconómicas que chegam a Espanha da Europa, 2023 está a confirmar uma tendência positiva que tranquiliza os particulares e os investidores. O sector segue de perto alguns dos seus principais indicadores como o número de compras e vendas e de hipotecas ou o preço médio da habitação, sendo este último o que trouxe boas notícias hoje.
De acordo com o índice IMIE do avaliador nacional Tinsa, o preço médio das habitações novas e usadas aumentou 0,3% em janeiro em relação a dezembro e moderou o seu crescimento anual para 6,9%, a sua taxa mais baixa desde março de 2022. Esta estabilização é importante pois demonstra o ajuste gradual e moderado que se esperava, mas também porque consolida ainda mais a estabilidade que a indústria vinha a registar nos últimos meses.
A análise por territórios mostra o aumento generalizado do preço no mercado residencial espanhol. Todas as zonas analisadas no relatório apresentaram subidas anuais no início de 2023. O maior aumento deu-se nas áreas metropolitanas, onde o preço das habitações subiu 8,2% em relação a janeiro do ano passado. Seguem-se as capitais e as grandes cidades (+7,3%), as localidades no interior e a costa atlântica (+7,1%), a costa mediterrânea (+5,1%) e as ilhas (+2,1%).
Para trás ficam os valores do boom imobiliário de 2007
Colocar os valores em contexto ajuda sempre a ver onde nos encontramos. Neste sentido, este 2023 está muito longe dos valores recorde que se registaram há pouco mais de 15 anos. O preço médio da habitação nova e usada chegou ao seu máximo em dezembro de 2007, no auge do ‘boom’ imobiliário. Desde então, o valor médio dos apartamentos em Espanha diminui em 20,9%.
Nas capitais e grandes cidades o declínio dos preços desde então foi de 16,5% enquanto que, nas localidades mais pequenas no interior e na costa atlântica, que começaram a sua recuperação mais tarde, caíram 28,8% desde o seu pico.