A Tecnotramit foi mais uma vez protagonista da 5ª edição do Congresso Nacional do Serviço de Mediação Imobiliária (CMS), que teve lugar no Teatro Goya de Madrid. Vicenç Hernández Reche, CEO da empresa, esteve presente para participar na mesa redonda “O mercado de arrendamento em Espanha: chaves para investir num contexto instável e incerto”, juntamente com outros especialistas de renome do sector imobiliário.
Num contexto em que o mercado de arrendamento mantém a sua grande atratividade para atrair investimento apesar da instabilidade jurídica, os especialistas debateram questões como as seguintes: continua a ser atrativo investir no arrendamento? Que comportamento se espera em termos de oferta, procura e preços? Qual será o impacto para as agências imobiliárias com as últimas alterações regulamentares?
Vicenç Hernández Reche sublinhou que o problema do arrendamento deve ser tratado “de forma transversal e com novas políticas de habitação adaptadas à situação real do mercado”. “A falta de oferta aumenta o número de habitações precárias e a degradação ambiental. Estamos perante um grave problema social de acesso ao mercado imobiliário nas principais áreas metropolitanas de Espanha, enquanto os resultados de iniciativas como o “Plan Madrid Vive” e o “Habitatge Metròpolis Barcelona (HMB)” têm sido muito desiguais”.
“Os fundos do Next Generation estão a encobrir uma situação orçamental precária. A situação seria muito diferente se atribuíssemos 0,6% do PIB espanhol à habitação pública, pois teríamos um orçamento de 8 mil milhões por ano em vez dos atuais mil milhões. O orçamento deste ano para as políticas públicas de habitação é metade do que era há 20 anos, por muito que Sánchez diga que a habitação é o quinto pilar fundamental da nossa sociedade. Com estes números, é impossível aumentar a oferta de habitação para arrendamento a preços acessíveis”, acrescentou o especialista.
Ao encerrar a mesa redonda, Hernández Reche insistiu que a regulamentação do mercado de arrendamento “conseguiu o resultado oposto ao desejado”, causando “mais dificuldades às pessoas com menos recursos para acederem ao mercado”. “Lembremo-nos que a subida das taxas de juro também dificultou a compra por parte das pessoas com menos recursos. E isto acontece enquanto temos um parque imobiliário cada vez mais deteriorado devido à falta de investimento, a um aumento da desigualdade entre comunidades e a um menor investimento e construção de habitação“, afirmou o CEO da Tecnotramit.